quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CELEBRAMOS BÊNÇÃOS !


Muitos familiares da Irmã Maria Augusta, pertencente a congregação das "Filhas do Amor Divino", estivemos presentes na celebração dos 102 anos de vida. Isto se deu na casa provincial das irmãs em Emaús, no dia 02 de setembro de 2010. Na oportunidade ouvimos as palavras do seu irmão, João Bosco, da prima, professora Maria Aparecida Queiroz que renovaram em suas preces de agradecimento todas as bênçãos divinas com que contemplou a vida dessa personalidade familiar de coração humilde e realista. Exemplo de vida religiosa para todas as novissas e também para toda família. Merecedora de respeito e atenção desde os tempos em que manteve atividades nos diversos educandários por onde passou. Bendita seja aquela casa mantida pela congregação, contando com a presença da Irmã Mª. Nivalda e Irmã Mª. Miquelina. Abaixo apresentamos os registros fotográficos feitos pela Irmã Mª. Raimunda. Como é bom o clima de reencontro e confortador quando revemos familiares: primos, sobrinhos, tias, tios, amigos enfim. PARABÉNS IRMÃ AUGUSTA PELOS MERECIDOS 102 ANOS DE BÊNÇÃOS !










domingo, 21 de novembro de 2010

TEMPO DE ORAÇÃO

Estamos no mês de novembro, quando o sol escaldante resseca todo o chão nordestino e de modo especial nosso Semi-árido. Tempos de enormes dificuldades e procura de alternativas para sobrevivência do sertanejo. É tempo de se fazer observações sobre o comportamento da natureza: estrelas, insetos (formigas e cupins), matas (angicos, mandacarus, aroeiras, juazeiros, etc) e aves, enfim, tudo que possa alimentar esperanças com o sentido de suplantar a dor e sofrimento dos sertanejos.
Com esse sentimento, fui sacudido por uma interpretação singular no programa "Sr. Brasil" do Rolando Boldrin nesta tarde-noite e fui buscar a letra desse poema musicado pelo saudoso e sempre presente Luís Gonzaga. Assim, colo abaixo a "Súplica Cearense" dos compositores: Gordurinha e Netinho.


SÚPLICA CEARENSE
COMPOSITORES: Gordurinha e Netinho

Oh!Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vacina contra aftosa em outubro/2010

Nossa responsabilidade compartilhada para cumprir com o que determina o Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa - PNEPFA, foi executada, em mais uma etapa, durante dois dias (24 e 25 de outubro/2010). Para levar a cabo nossa tarefa de vacinação, temos o cuidado de convocar um grupo de amigos para atuarem em suas mais diversas funções, dentre elas destacamos: porteiro do brete - Lécio Moisés; laçadores no brete - Nildo, Zé Silva e Dedé de Antonia; tangedores do gado para o brete - Renato, Geraldo Moisés, Daniel e Mário Jacú; travadores do gado no brete - Antônio Moisés e Télho; vacinadores - Geraldão e Marival; "segurador de coluna" que suporta o abrigo do "escritório" para não predujicar - Edmilson; anotadores - Edival e Reginaldo; meninos para gritar e vaiar quando o porteiro passar batido - Marcelo, Felipe e Tales. Neste contexto, temos alguns revezamentos entre Edmilson e Geraldo Moisés que funcionam em regime alternado com um serviço de garçon para um mini-bar, oferecendo comidas típicas/frutas regionais (peixe, caldo, fígado de bode, galinha d´água, costela de boi, cajú, cajarana, maçã, laranja e tangerina) e excelente cachaça para molhar a garganta e amenizar o calor/poeira do curral. Muitas vezes, essa poeirinha do estrume do curral produz uma "argamassa" na guela do sujeto que para desobstruir só vai tomando uma lapada em cima da outra, destravando tudo, até mesmo as espinhas da traíra e tilápia.




Ao final dos trabalhos, com todo o rebanho vacinado e conferido, sentimo-nos exaustos. Para recuperarmos as energias vamos para um papo no alpendre da Fazenda Sanharó quando somos surpreendidos com algumas manifestações poéticas de Renato e Antônio Moisés, tudo rebatido com um rubacão e rabada de boi preparada pela "culinarista-mor" - Gorete. Tá pouco ou quer mais?



Abaixo temos o valioso trabalho do amigo Reginaldo Ataíde atuando com dedicação e grande atenção aos registros individuais do rebanho, que cuidadosamente foi anotado para atualização do nosso modelo de "rastreamento" permanente, de natureza simples, detalhada mas possibilitando a interface com os registros computacionais.




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Proprietários e Fazendas no Município de Luís Gomes - 1920

Para os curiosos e pesquisadores dos nossos registros oficiais, apresento-lhes esses dados do Censo de 1920 que me foram repassados pelo amigo, professor João Felipe da Trindade. As informações que seguem fazem parte de publicação desde 1924 da então Directoria Geral de Estatística e que era vinculada ao Ministério da Agricultura Indústria e Commércio, quando foram recenseados 5.678 propriedades rurais no Rio Grande do Norte, distribuidas em 37 municípios do Estado.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ao PROFESSOR em seu Dia!

Trago-te recados de muita gente. Houve gente que praticou uma boa ação e manda dizer que o teu exemplo convenceu. Houve alguém que venceu na vida e manda te dizer que foi porque tuas lições permaneceram. E houve mais alguém que superou a dor e manda te dizer que foi a lembrança de tua coragem que ajudou. Por isso que és importante...
O teu trabalho é o mais nobre, de ti nasce a razão e o progresso. A união e a harmonia de um povo! E agora... Sorria!!! Esqueça o cansaço e a preocupação, porque há muita gente pedindo a Deus para que você seja muito, muito feliz! (AUTOR DESCONHECIDO)
Um fraternal abraço aos PROFESSORES em seu Dia! PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!
Dê a quem você ama asas para voar, motivos para voltar e raízes para ficar” (Autor desconhecido)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Viagem ao Sertão dos Missionários do Nordeste: Padres Rolim, Ibiapina e Cícero

João da Mata Costa (Professor de Física e Bibliófilo)
Foi num sábado de primavera que de Natal partimos em direção ao sertão dopadre Cícero Romão Batista. Na tripulação de quatro amigos (DaMata, Abimael, Homero e Antonio Medeiros), nenhum beato ou devoto do Padim Ciço. Desde pequeno ouvimos nossos pais e avós falarem das romarias ao Juazeirodo Norte – A Meca do Nordeste. Sempre desejei fazer essa viagem assim como quem tem uma dívida com a sua cultura. Das promessas feitas e das graças alcançadas em tempos de privações e doenças por muitos familiares eamigos. Até os dias atuais essas romarias não arrefeceram e milhares de pessoas continuam fazendo a mesma peregrinação em direção ao Juazeiro onde está situado grande monumento do famoso padre do nordeste brasileiro. A viagem ao cariri cearense foi feita via Caicó-RN, passando por Brejo do Cruz e Catolé do Rocha, na Paraíba. Terras-origens-cantadas pelos paraibanos Zé Ramalho e Chico César. Depois Sousa - terra dos Dinossauros– e, Cajazeiras. Viagem por um sertão profundo, cheio de mistérios e arcanos indecifráveis. Reserva cultural de um povo atencioso e pronto para qualquer informação. O Cariri Novo, de grandes engenhos de açúcar, beatos, cangaceiros, coronéis e rica cultura popular.
O Vale dos Dinossauros
Indo ao nordeste do Brasil e passando em Sousa ( Pb), é obrigatória avisita ao Lajedo da Passagem de Pedras, onde fica situado o famoso “Vale dos Dinossauros” com as pegadas deixadas por dinossauros que habitavam essa região alagada. A visita é melhor ainda se for acompanhada pelo guia Robson Araújo Marques, o “Velho do Rio”. Robson é um norte-rio-grandense, nascido em Florania e há 35 anos trabalhando nesse importante sítio arqueológico que precisava ser melhor preservado e estudado. Seu avô Anísio Fausto da Silva indo em busca de animais perdidos, descobriu essas importantes pegadas e denominou “Rastro do Boi e da Ema”. Analisada depois por paleontólogos descobriu-se que aqueles rastros que impregnaram os lajedos da “Passagem das Pedras” eram fabulosos rastros de gigantes dinossauros que por ali passeavam e caçavam há milhões de anos.
A Cajazeiras do Padre Rolim
Em Cajazeiras o encontro marcado com o amigo e historiador FranciscoPereira. Um grande estudioso do Cangaço e da cultura nordestina. A paixãode Pereira por esses temas o levou a colecionar e comercializar livrosreferentes ao Cangaço, Canudos e cultura nordestina. Conversar com o simpático amigo professor Pereira é uma viagem por essa rica cultura de beatos, coronéis e cangaceiros. Já o conhecia via internet e foi uma alegria conversar pessoalmente com ele e comprar uma dezena de livros sobre o nordeste profundo, seus costumes e crenças. Pergunto ao Pereira sobre o filme “O Sonho de Inacim”, e ele diz que não gostou. Não gostou das liberdades do filme que poderia ser um belo documentário, e não é. Não gostou do pai do menino como cantor brega e achou – como historiador- que o filme presta um péssimo serviço à memória historiográfica nacional ao filmar o padre Rolim num colégio diferente daquele criado e mantido pelo pioneiro educador Rolim.
“O Sonho de Inacim” – O filme sobre o Padre Rolim
Duzentos anos após o nascimento do padre Ignácio de Sousa Rolim, nascido em 22 de agosto de 1800, o filme o “Sonho de Inacim” resgata a história desse "Educador do Sertão" que viveu na cidade de Cajazeiras, Pb, onde fundou um colégio. O menino Inacim sonha tendo contato com o Pe Botânico e sofre muitas discriminações. Èxpulso da escola vai para o psicólogo, médico, lançadora de Búzios e deixa a todos perplexos com os seus poderes para-normais. O menino vira celebridade na pequena cidade de cajazeiras já dominada por traficantes. Todas as revelações do menino Inacim são depois confirmadas pelo biógrafo do Pe Rolim, Padre Heliodoro Pires, que escreveu o importante "Padre Mestre Ignácio Rolim", onde narra opioneirismo do Pe Rolim no ensino da região da Paraíba. Rolim foi o melhor professor de Grego em seu tempo e a Paraíba teve que lutar para não perder o mestre para Olinda- PE. O naturalista Pe Rolim de descendência francesa escreveu os importantes livros “Extracto de Gramática Grega” e “Noções de História Natural”, onde descreve a fauna e flora do Sertão. Do colégio fundado pelo Pe Sábio saíram alguns dos maiores sacerdotes e personalidades do Brasil: O controvertido Padre Cícero Romão Batista, o Cardeal Arcoverde (Primeiro cardeal da América Latina), Peregrino de Araújo (Governador da Paraíba 1900-1904), Irineu Joffily (historiador, jornalista e advogado Paraibano) e outros. Um belo filme dirigido por Eliezer Filho que resgata a fundação da cidade de Cajazeiras na Paraíba (terra do diretor). A importância na nossa formação e cultura dos padres que aqui chegaram. Um belo elenco, fotografia e a música do Chico César. O som das vozes (mesmo em Dolby) não está muito bom. José Wilker (sempre o mesmo) faz o Pe Rolim. Completa o elenco a excelente Marcelia Cartaxo, como mãe do menino Inacim (Gabriel Batistuta). E o excelente (meu voto de melhor ator) José Dumont - o Miguel do Jegue - toma uma cachaça amuada. O cantor brega Zé das Antas(Fubá) - o pai do menino - deixa a sua mãe e é suspeito de envolvimentocom drogas. Onde estão os restos mortais do padre Rolim, querem saber as autoridadesda cidade para comemorar em grande estilo o seu bicentenário em 2000. Ninguém sabe. Inacim diz que o Padre está vivo. Claro, ele está sempre vendo o sacerdote professor e fala com o padre. Vê seu belo museu, etc.
Padre Ibiapina – o “Taumaturgo da Caridade”
Padre Ibiapina nasceu na cidade de Sobral (Ceará) em cinco de Agosto de1806, seis anos após o nascimento do padre Rolim. Foi um grande peregrino do sertão nordestino e criador de inúmeras casas de caridade. Multidões seguiam seus ensinamentos de amor ao próximo, Mulheres eram acolhidas emsuas 22 casas de caridades (dez só na Paraíba) deixadas por ele no RioGrande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Ceará. O padre Ibiapina foi o precursor de um catolicismo popular, inspirador deAntonio Conselheiro, Padre Cícero e de muitos outros padres, beatos (Gedeões) e missionários. Um grande educador do nordeste deixou marcas profundas num séqüito de fies seguidores, Nas casas de caridades as mulheres abrigadas aprendiam a ler, a contar, aprendiam cozinhar, artesanar e recebiam também uma educação religiosa e moral. Quantos recém-nascidos não foram deixados na “ Roda dos Enjeitados” ou Expostos e abrigados pelas caridosas do padre educador da Paraíba e de todo nordeste brasileiro. Padre Ibiapina realizou missões, organizou o povo humilde pólvora dos coronéis, conciliou intrigas, levantou e restaurou igrejas e capelas. Construiu em mutirões, o refrigério do nordeste: açudes, cacimbas e barragens.O escritor e amigo Bartolomeu ganhou de herança e forneceu a um amigo uma bandeira daquelas usadas nas missões evangelizadoras do grande padre Ibiapina. No dia 19 de fevereiro de 1883 falece o apóstolo Ibiapina e seu tumulo está situado em Santa Fé, Paraíba.
Padim Ciço
O destino motivador da nossa viagem era o Juazeiro do padre Cícero Romão.Juazeiro, árvores que abriga o nordestino do sol inclemente, Já do hotelavistávamos a grande estátua do nosso Padim Ciço. A chegada ali foi coberta de grande emoção e sentimentos que amolecem o coração maisempedernido. Centenas e centenas de ônibus trazem os penitentes numa segunda feira imprensada, véspera do feriado da padroeira do Brasil. Tudo na cidade vive em função do padre Cícero e de suas pregações seguidas poruma multidão de fieis de todo o Brasil. Nordestinos eternamente pregados na cruz de uma terra seca e um sol inclemente.
Subimos a serra do horto cheio de penitentes e vendedores da fé, Imagens,fitas do padim Santo e velas para acender e rezar. Ouvem-se muitas rezase loas em homenagem ao santo do nordeste.Na casa de orações - ao lado - muitos ex-votos de madeira e fotos, a estátua do padre Cícero ao lado da beata Maria de Araújo, que em 1891 deixou a todos estupefatos quando a hóstia ficou vermelha em sua língua.
Romeiros com suas túnicas marrons, a ordem dos penitentes com seus costumes medievais e seguidores que se flagelam e entoam benditos. Tudo isso compõe um cenário de fé e de uma cultura viva, para alem das discussões acadêmicas sobre a beatitude e comportamento coronelístico do padre Cícero.
Multidões sobem as escadas para chegar mais perto da estátua do padre. Estátua que olha e abençoa o Cariri e seus devotos.
Subo também e fico comovido com tanta fé e adorações. Assino meu nome no pé da estátua gigante. Muitos outros assinam formando um manto de letras e preces abençoadas pelo sacerdote nordestino.
Desço e digo para os meus amigos que ficaram em baixo que me sintopurificado. Um responde que estar cansado. Outro diz que tem sede.É hora de voltar. Promessa cumprida. Muitos pedintes aproveitam para receber um dízimo dos beatos que rezam, pagam promessas e pedem pelos seus entes vivos e mortos.

sábado, 17 de julho de 2010

POR FALAR EM SAUDADES DO SERTÃO...

Saudades do Meu Sertão
Marcos Medeiros
Publicado no Recanto das Letras em 22/02/2009
Código do texto: T1451703


Quem já habitou no sertão
teve chance, igual a mim,
de brincar e comer doce
de boneco de alfinim,
de tomar água do pote
pegar preá no serrote,
tanger porca e bacurim.

Lembro, como sendo agora,
da minha infância querida,
da pescaria no açude,
da arribação na bebida,
quem quiser mudar que mude,
eu peço a Deus que me ajude
que eu me lembre toda vida.

Cheiros e cores, eu guardo
como o som de amolar peixeira,
o rio botando a cheia
que comia a ribanceira,
eu não consigo esquecer
o suave alvorecer
e o prazer da brincadeira.

O pote d’água friinha
só me traz recordação
do caneco de alumínio
que segurava na mão
mesmo sem qualquer enfeite,
usava pra tomar leite
escorado no mourão.

Quem estiver me ouvindo
e achar meu modo estranho
vai continuar achando
e eu sendo o mesmo de antanho,
lá do tempo da quartinha,
da deitada da galinha
e do mugir do rebanho

Tem gente que, hoje em dia
pergunta como é que pode
o cabra sentar a bunda
no couro vindo do bode
mas o que não acredita
é o mesminho que se irrita
e que facilmente explode.

É gente que nunca foi
na casinha eliminar
o que comeu no almoço
ou digeriu do jantar,
com moscas zunindo perto
e um bacurinzinho esperto
acolá fora a fuçar.

Outra figura retida,
nos meus lobos cerebrais,
revela o cavalo pampo,
de tempos memoriais,
num momento esquipando,
em seguida se espojando,
revelando muito mais.

Lembro a tarde enevoada,
que trazia um tom cinzento,
lembro que às cinco da tarde,
vinha o zurrar do jumento,
para marcar hora certa,
como um grito de alerta,
ecoando no firmamento.

Naquela altura, o matuto,
com seu jeito mais banzeiro,
cortava o fumo de rolo,
para um cigarro brejeiro,
e enquanto o tempo passava,
no silêncio meditava,
com feitio beradeiro.

A chuva mal começava,
a meninada partia
pra debaixo das biqueiras,
por onde a água escorria
e, depois na enxurrada,
morria de dar risada,
extravasando alegria.

Em poucos dias se via
o frescor da natureza,
com babugem suscitando
orvalho, pasto e beleza,
com capim novo brotando,
os animais ruminando
e o povo olhando a proeza.

Para acender mais a chama,
lembrei-me do lampião
que, com pouco mais que nada,
livrava da escuridão,
pois quando anoitecia,
no instante da Ave-Maria,
iluminava o salão.

Quando era noite de lua
todo mundo se juntava
pra jogar conversa fora
e ver quem mais se gabava,
tinha estória cabeluda,
que juntava Cristo e Buda,
na debulhada da fava.

Estória de lobisomem
e de mula sem cabeça,
ouvindo quando pequeno,
não há quem disso se esqueça,
mais estórias de Camões,
repletas de gozações,
pra que Bocage apareça.

Cada um contando as suas
estórias de padre e monge,
umas mais apimentadas,
com um tributo a Camonge,
mostrando a cada humor puro,
que uma tocha no escuro
ilumina bem mais longe.

Tinha o grupo do alpendre,
de João, Josefa e Zeca,
tinha o grupo do salão,
disputando na sueca,
era um jogo esticado,
que se fosse apostado,
nêgo perdia a cueca.

Aqui, acolá, uma pinga,
com piaba na fritada,
batata doce cozida,
pra toda rapaziada,
o problema que havia
era, às vezes, dar azia
ou, então, barriga inchada.

Tinha noite que se via
o relâmpago cortando,
as nuvens bem carregadas
iam logo se juntando
e o clarão do relampeio
anunciando, no meio,
o corisco se alastrando.

No outro dia, bem cedo,
todo mundo levantava
para ver o resultado
depois que a chuva passava,
via-se poça e orvalho,
um frescor em cada atalho,
por onde se caminhava.

O agricultor sorria,
a criançada pulava,
todo mundo percebia
que a natureza mudava,
pois de verde se vestia
e, a partir daquele dia,
o plantio começava.

Muita gente se perdia
na plantada pioneira,
pois precisava do santo
que regulava a torneira,
o São José, padroeiro,
no ofício de inverneiro,
virava assunto na feira.

Ah, lembranças do sertão
bem sofrido, é verdade,
mas um torrão da essência
da minha realidade,
onde antes banhei no rio,
de manhãzinha com frio,
sinto o ardor da saudade!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Vacina contra Aftosa de Abril

Estivemos mais uma vez reunidos na FAZENDA SANHARÓ - município de Major Sales, nos dias 18 e 19 de abril/2010, para realizar a vacinação do pequeno rebanho pertencente aos herdeiros de Sandoval Martins e dos seus parceiros na terra.
Desta feita contamos com a presença do amigo, professor/educador Reginaldo Ataíde participando ativamente das atividades, no curral e na cozinha. Registramos as presenças de Edival, Marival, Reginaldo, Télho, Lécio, Antônio Moisés (rapaz de apenas 87 anos), Geraldão, Geraldo Moisés, Nildo, Mário Jacú, Edmilson, Renato - professor/poeta/juiz de futebol.
Este último nos brindou com uma salva de versos para marcar a data e a presença de todos, sem falar no que veio da cozinha - fígado de bode assado na brasa, pirão, jerimum caboclo, rabada, ova de curimatã, tilápia frita, umbu, cajarana, e outros que nem me lembro ou não vi pois também dei minhas goladas na cachaça, que não faltou prá molhar a garganta de poetas, aboiadores e assistentes. FOI UMA TRANQUILIDADE... Vejam o que brotou da veia poética de Renato:


Estes pequeninos versos
Eu fiz prá homenagear
A quem vem ao Sanharó
Para o gado vacinar
E em forma de poesia
Cada um quero citar


Começo pelo vaqueiro
Telho podemos chamar
Quando toma uma cachaça
Começa a gaguejar
Parece papagaio novo
Começando a falar

O nosso veterinário
Dele eu falo agora
Geraldão é o nome dele
Seu bigodão é da hora
Parece que engoliu um anum
E deixou as asas de fora

Marival dá vitaminas
Às vacas que precisar
Ele se esforça bastante
Prá no jiquí encostar
Devido a sua barriga
Que teima em lhe atrapalhar

Edival mexe com as fichas
Que agora vou falar
Quando toma uma mais
Começa a se atrapalhar
Mistura filho com filha
Quase não pode juntar

Mesmo acontecendo isso
Edival é bem melhor
Trouxeram um de Caiçara
Devagar como ele só
Na hora de fazer ficha
Reginaldo é o pior


Mauro tangedor do gado
Parece até um socó
Pois não pode ver um peixe
Pega a cabeça maior
Come com espinhas e tudo
Não deixa um pedaço só


O senhor Antônio Moisés
O pau gosta de segurar
Mas dessa grande figura
Só uma coisa vou falar
Que ele é o mais velho da turma
E nós temos que respeitar


Nildo segura a corda
Prá o gado poder pegar
Ele é um cara muito forte
Tem força para nos dá
Ele não toma nenhuma cachaça
Mas come prá se acabar


Lécio é um grande porteiro
Abre e fecha sem parar
Mas quando ele toma uma
Começa a se atrapalhar
Esquece a porteira aberta
E deixa o gado passar


Geraldo (Moisés) é o budegueiro
Ele é o cara da vez
Serve uma para a turma
Toma uma, duas, três
Quando termina a vacina
Ta mais bêbado que o freguês


Talvez esqueci alguém
Desculpem-me a quem não citar
Pode ter vindo mais gente
E de todos não pude lembrar
Mais em outra oportunidade
Garanto que irei falar


Eu agradeço a todos
Por terem me escutado
Isso tudo é brincadeira
Espero que tenham gostado
Dessa pequena poesia
Que vocês foram lembrados

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terça-feira, 13 de abril de 2010

Um pouquinho de genealogia - Dona Tonheira

ANTÔNIA FERNANDES DA SILVEIRA – “Dª. TONHEIRA”
Nasceu em 03 de janeiro de 1891 no sítio Aroeira, tendo sido criada no Sítio Bom Jardim.
Faleceu na madrugada (02:30 h.) do dia 04 de agosto de 1971 em Natal. Estando sepultada no Cemitéiro Público do bairro do Alecrim em Natal/RN.

Casada com Antônio Germano da Silveira – “Cel. Antônio Germano” que foi chefe político no município de Luis Gomes, tendo sido Deputado Estadual (no primeiro período republicano) no Rio Grande do Norte, por duas legislaturas: de 1921 a 1923 e a de 1927 a 1929.

Dona Tonheira tendo sido criada na Fazenda Bom Jardim, hoje localizada município de Major Sales, cresceu e teve oportunidade de estudar (nível primário) no meio familiar na casa da sua tia, senhora Joaquina Fernandes Vieira que era casada com o senhor Manoel Fernandes da Silveira (seu Nequinho da Milhã), sendo prima carnal dos filhos desse casal.
Ela era uma pessoa de grande carisma que mantinha atitudes de imensa generosidade com todos os humildes da cidade de Luis Gomes. Manteve em sua residência da cidade ou da fazenda grande número de pessoas sob sua responsabilidade social, econômica e financeira, desde filhos da própria cidade de Luis Gomes e vizinhanças como outros do município de Assú.
A protetora dos pobres da cidade de Luis Gomes, era muito religiosa e gostava de ler sobre a vida dos santos da Igreja Católica Apostólica Romana. Foi devota e promotora da devoção à Nossa Senhora Santana – padroeira da cidade de Luis Gomes, mas mantinha devoção especial à Nossa Senhora da Conceição que é a padroeira da capela erguida com recursos da própria família na Fazenda Nova hoje pertencente ao Município de Major Sales/RN e inaugurada em 1937 com grande festividade naquela localidade – desta capela não existe mais nada nos dias de hoje, já que sofreu demolição para nova edificação pelos proprietários atuais da Fazenda Nova.
Seu neto - Paulo Germano Júnior teve convivência na casa de Dona Tonheira vindo para sua companhia na idade de 2 (dois) anos por desejo dos avós e livre consentimento dos pais tendo permanecido com eles até que voltou para companhia dos pais (Paulo Germano/Leopoldina) em Pau dos Ferros onde concluiu o ginásio e depois foi continuar os estudos em Recife onde concluiu o segundo grau.
Dona Tonheira foi morar em Natal/RN juntamente com seu esposo – Cel Antônio Germano no ano de 1963 por ter melhor assistência médica para saúde do seu cônjuge, já debilitada pelo diabetes e problemas cardiovasculares.
Morou na Avenida Deodoro da Fonseca, 604 – Cidade Alta/Natal, em casa própria, proporcionando apoio educacional aos netos além de hospedar por longos períodos, familiares e amigos vindos de Luis Gomes, Pau dos Ferros e Assú.
Era fumante de cigarros e pessoa que procurava manter-se atualizada com as informações sobre a vida política, social e religiosa da cidade de Luis Gomes e da Capital(Natal). Para o lazer, mantinha sempre uma mesa de jogo de “buraco” ou “sueca”, sempre com o apostar sementes de mulungu para puro entretimento do casal e dos demais familiares, tinha secundariamente o objetivo de assegurar a visita dos amigos e familiares para um bom papo, acompanhado de chás, café, pão-de-ló, “iscas de goma”, tapioca de goma fresca e bolinhos com tempero de leite de côco e muitas outras iguarias da cozinha sertaneja.
Bem humorada sentia grande satisfação em recepcionar os amigos. Manteve os hábitos alimentares do sertão mesmo morando na capital, armazenando frutas e carnes, lingüiças, queijos etc. Tudo vindo do interior.
Tinha algumas preocupações que deixava transparecer nas horas de grande fluxo de estudantes, trabalhadores e pessoas comuns ao longo da Av. Deodoro, expressando-se: “Meu Deus! Como vai ser possível produzir comida, roupa, e todos os bens necessários à sobrevivência de tanta gente no mundo ?”
Também fazia todo o empenho para proporcionar os estudos aos filhos e netos. Considerava o valor da formação e qualificação da pessoa como fator decisivo para independência econômica e social de cada um.
Na fase final de sua vida sofria de angina do peito que cumulada com disfunção pulmonar levou-a internação no dia 02.08.1971 na Policlínica do Alecrim vindo a óbito na madrugada do dia 04 de agosto de 1971. Encontra-se sepultada no túmulo erguido pela família à Rua Santo Onofre, Quadra nº13, Túmulo nº3482 no Cemitério Público do Alecrim.

DOS ASCENDENTES DE DONA TONHEIRA
Dona Tonheira era filha de:
Marcelino Vieira da Costa, que foi chefe político na região de Luis Gomes, havia mantido fortes relações com o povoado de Vitória, que antes fora Vila da Passagem do Frejó, depois Vitória de Santo Antônio ou simplesmente Vitória, tendo sido Deputado Estadual em duas legislaturas da “Velha República”, deixando na memória política do Rio Grande do Norte considerável contribuição ao desenvolvimento da comunidade luisgomense na condição exemplar de homem público sendo homenageado com a denominação do município de Marcelino Vieira que teve sua emancipação política no ano de 1953. O senhor Marcelino nasceu em 26.03.1859 e faleceu em 03.12.1938,
e de Maria Fernandes Vieira, conhecida com “Tia Dia” que nasceu em 1872 e faleceu em 1909, no sítio Aroeira.

Os avós paternos de Dona Tonheira foram:
José Vieira do Bujary e Josefa Vieira da Costa

Os avós maternos de Dona Tonheira foram:
Alexandre Fernandes de Oliveira, nascido em 1842 e falecido em 1875 e a senhora Maria Moreira da Silveira (conhecida como “Mãe Cota”)
O senhor Alexandre Fernandes de Oliveira era filho do Tenente Antônio Fernandes de Oliveira, da Varzinha, casado com Tereza Maria de Jesus, conhecida como Madrinha Terezinha, sendo este casal bisavós de Dona Tonheira.
O Tenente Antônio Fernandes de Oliveira era filho do Capitão João Silvestre Fernandes de Oliveira, residente na Fazenda Santiago, casado com Ana Martins de Lacerda, trisavós maternos de Dona Tonheira.
Por sua vez o Capitão João Silvestre Fernandes de Oliveira era filho de Mathias Fernandes Ribeiro, que residiu em Cruz das Almas, Martins e em Curral Velho em Pau dos Ferros. Casado com Maria Gomes da Silveira, constituindo-se no casal de tetravós maternos de Dona Tonheira.
O senhor Mathias Fernandes Ribeiro era filho do português Manoel Fernandes vindo na companhia de mais dois irmãos, da cidade do Porto, em princípios do século XVIII, sendo originário da Vila do Farol, da região do Douro, ao norte de Portugal.
Desta forma, constatamos a origem portuguesa da família pela formação da família “DOS FERNANDES DE QUEIROZ” das ribeiras do Rio do Peixe.

Dona Tonheira teve sete (7) irmãos:
Maria Fernandes Vieira (Dona Mariinha);
Josefa Fernandes Vieira ( Dona Finfinha);
Ana Fernandes Vieira (Dona Nana do Caricé);
Augusto Fernandes Vieira;
Joaquina Fernandes Vieira (Dona Nozinha);
Desembargador José Fernandes Vieira;
João Batista Fernandes Vieira (Doutorzinho ou Doutor de Marcelino).

DOS DESCENDENTES DE DONA TONHEIRA
Os filhos de Dona Tonheira que ultrapassaram a idade adulta foram:
Paulo Germano da Silveira, casado com Leopoldina de Paiva Mafaldo e residentes em Pau dos Ferros/RN, êle faleceu no ano de 2006, estando sepultado no cemitério público do Alecrim, em Natal/RN, o mesmo túmulo dos seus pais;
Auta Germano da Silveira casada com João Germano Sobrinho (Doquinha), ambos são falecidos e sepultados no cemitério público do Alecrim, em Natal/RN o mesmo túmulo dos seus pais;
Maria Sinésia Germano (Irmã Salvadora) já falecida e sepultada no cemitério público do Alecrim, em Natal/RN;
e Maria Germano Edite Martins viúva de Sandoval Martins de Paiva, este sepultado no Cemitério Morada da Paz em Parnamirim/RN, setor 1, quadra 10, lote 01577.

São netos de Dona Tonheira:
Antônio Salatiel Germano; José de Arimatéia Germano e Maria Socorro Germano, todos filhos de Dona Auta Germano, Socorro faleceu em janeiro/2010, sepultada no túmulo dos seus pais, no cemitério público do Alecrim, em Natal/RN;
José Edival Germano Martins, Maria Valdite Germano Pinheiro, José Marival Germano Martins, José Sande Germano Martins e Dr. José Valmar Germano Martins, todos filhos de Maria Germano Edite Martins;
Cleanto Paiva Germano, Clélia Paiva Germano, Antônio Carlos Paiva Germano e Paulo Germano da Silveira Júnior, todos filhos de Dr. Paulo Germano da Silveira.

São bisnetos de Dona Tonheira:
Heyza de Sousa Martins, José Aldimar de Sousa Martins e Ana Angélica de Sousa Martins – filhos do casal Edival/Ma. José;
Luciana Germano Pinheiro, Flávio Germano Pinheiro, Mônica Germano Pinheiro, Valéria Germano Pinheiro, - filhos do casal: Dr. Francisco das Chagas Pinheiro/Valdite;
Bruno Ataíde Martins, Simone Ataíde Martins e Breno Ataíde Martins – filhos do casal Marival/Rosalba;
Sinara dos Santos Martins, Sintia dos Santos Martins e José Sande Germano Martins Filho – filhos do casal Sande/Sandra;
Sandoval Martins Neto, Luiz Eduardo Varela Martins e Renato Varela Martins – filhos do casal Dr. Valmar/Tázia.
Dra. Dianna Karla Medeiros Germano e Auta Stella Medeiros Germano – filhas do casal José de Arimatéia/Euzélia;
Thiago José Germano e Milena Paula Germano – filhos do casal José de Arimatéia/Rosileide;
Andréa Cristina Rocha Germano, José Agatângelo Rocha Germano, Adriano Rocha Germano e João Guilherme da Rocha Germano – filhos do casal Salatiel/Wilma;
Igor Germano e Amanda Germano - filhos do casal Cleanto/Maria do Socorro;
Carla Germano de Queiroz e Jaime Júnior de Queiroz – filhos do casal Dr. Jaime/Clélia;
Pedro Wilke Germano e Assíria Germano - filho do casal Antônio Carlos/Juciane;
Paulo Henrique Alves Germano – filho do casal Paulo Germano Jr. /Suzete

São trisnetos de Dona Tonheira:
José Carlos Marques Júnior e João Carlos de Medeiros Germano Marques - filhos de José Carlos/Dra. Dianna Karla;
Clara Germano França - filha do casal Milton/Auta Stella;
Mariana Martins Escanhuela - filha do casal Francisco Escanhuela/Heyza Cristina;
Maria Eduarda Ferraz Albuquerque Germano e Sofia Albuquerque Rocha Germano - filhas do casal Adriano/Samira;
Sofia Albuquerque Rocha Germano - filha do casal Adriano/Samira;
Lucas Josuá Rocha - filho do casal João Guilherme/Laryssa;
Rafaela Maria Galvão Martins - filha do casal Aldimar/Evelyne;
Felipe Tomaz Pinheiro da Silveira – filho do casal Pablo/Mônica;
Anne Caroline Alves Germano- filha do casal Paulo Henrique/Salete;
Arthur Porto das Neves Martins e Maria Isabel Porto das Neves Martins - filhos do casal Bruno/Luziane;
Lucas Santos Martins - filho do casal Breno/Silvia.


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Pesquisa realizada por José Marival Martins nos seguintes documentos:

• Informações apresentadas por Doutor Antônio Fernandes Mousinho para o Doutor Paulo Germano da Silveira;
• Anotações pessoais de Maria Germano Edite Martins
• Memorial de Família – Pesquisa Genealógica de João Bosco Fernandes e Colaboração de Antônio Fernandes Mousinho – Halley S/A Gráfica e Editora - 1ª Edição – 1994. .
• Uma História da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte de Luís da Câmara Cascudo – Fundação José Augusto – Natal/RN – 1972

quarta-feira, 10 de março de 2010

FAZENDA SANHARÓ E FAZ. NOVA FESTEJAM SÃO JOSÉ - 2010


Estamos realizando a FESTA em homenagem ao nosso santo padroeiro: São José.
Nosso homenageado é nada mais nada menos que o protetor do menino JESUS, é exemplo de defensor da Vida. Promoveu a educação de JESUS, juntamente com Maria que concebeu do Espírito Santo, tendo sido São José seu pai adotivo.
Foi escolhido por Deus para constituir a família sagrada. Utilizou todas as suas energias para defender a Vida.
Apresentamos abaixo a programação da sua festa, desta feita com a Capela reformada com recursos da própria comunidade. Vamos todos agradecer a Deus por nos proporcionar dias de reflexão e bênçãos divinas. Nosso padre Ivan dos Santos nos convida a participar com alegria, oração e partilha.



PROGRAMA

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

PROFESSOR TÁ SEMPRE ERRADO...

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"
Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".

É, o professor está sempre errado mas,
se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


Fonte: Revista do Professor de Matemática 36, 1988

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Renato Caldas homenageia Sanedite - Filha primogênita de Sandoval Martins

Amigos o texto que segue foi uma forma simples e de verdadeira solidariedade de Renato para com meu pai Sandoval Martins nos idos de 1943, por ocasião do falecimento de sua primeira filhinha (Sanedite) de forma imensamente prematura.