quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Vacina contra Aftosa de Abril

Estivemos mais uma vez reunidos na FAZENDA SANHARÓ - município de Major Sales, nos dias 18 e 19 de abril/2010, para realizar a vacinação do pequeno rebanho pertencente aos herdeiros de Sandoval Martins e dos seus parceiros na terra.
Desta feita contamos com a presença do amigo, professor/educador Reginaldo Ataíde participando ativamente das atividades, no curral e na cozinha. Registramos as presenças de Edival, Marival, Reginaldo, Télho, Lécio, Antônio Moisés (rapaz de apenas 87 anos), Geraldão, Geraldo Moisés, Nildo, Mário Jacú, Edmilson, Renato - professor/poeta/juiz de futebol.
Este último nos brindou com uma salva de versos para marcar a data e a presença de todos, sem falar no que veio da cozinha - fígado de bode assado na brasa, pirão, jerimum caboclo, rabada, ova de curimatã, tilápia frita, umbu, cajarana, e outros que nem me lembro ou não vi pois também dei minhas goladas na cachaça, que não faltou prá molhar a garganta de poetas, aboiadores e assistentes. FOI UMA TRANQUILIDADE... Vejam o que brotou da veia poética de Renato:


Estes pequeninos versos
Eu fiz prá homenagear
A quem vem ao Sanharó
Para o gado vacinar
E em forma de poesia
Cada um quero citar


Começo pelo vaqueiro
Telho podemos chamar
Quando toma uma cachaça
Começa a gaguejar
Parece papagaio novo
Começando a falar

O nosso veterinário
Dele eu falo agora
Geraldão é o nome dele
Seu bigodão é da hora
Parece que engoliu um anum
E deixou as asas de fora

Marival dá vitaminas
Às vacas que precisar
Ele se esforça bastante
Prá no jiquí encostar
Devido a sua barriga
Que teima em lhe atrapalhar

Edival mexe com as fichas
Que agora vou falar
Quando toma uma mais
Começa a se atrapalhar
Mistura filho com filha
Quase não pode juntar

Mesmo acontecendo isso
Edival é bem melhor
Trouxeram um de Caiçara
Devagar como ele só
Na hora de fazer ficha
Reginaldo é o pior


Mauro tangedor do gado
Parece até um socó
Pois não pode ver um peixe
Pega a cabeça maior
Come com espinhas e tudo
Não deixa um pedaço só


O senhor Antônio Moisés
O pau gosta de segurar
Mas dessa grande figura
Só uma coisa vou falar
Que ele é o mais velho da turma
E nós temos que respeitar


Nildo segura a corda
Prá o gado poder pegar
Ele é um cara muito forte
Tem força para nos dá
Ele não toma nenhuma cachaça
Mas come prá se acabar


Lécio é um grande porteiro
Abre e fecha sem parar
Mas quando ele toma uma
Começa a se atrapalhar
Esquece a porteira aberta
E deixa o gado passar


Geraldo (Moisés) é o budegueiro
Ele é o cara da vez
Serve uma para a turma
Toma uma, duas, três
Quando termina a vacina
Ta mais bêbado que o freguês


Talvez esqueci alguém
Desculpem-me a quem não citar
Pode ter vindo mais gente
E de todos não pude lembrar
Mais em outra oportunidade
Garanto que irei falar


Eu agradeço a todos
Por terem me escutado
Isso tudo é brincadeira
Espero que tenham gostado
Dessa pequena poesia
Que vocês foram lembrados

============== xxxx =====================

Nenhum comentário:

Postar um comentário