quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Luis Gomes (crônica)



Maria Aparecida Fernandes Pascoal (Professora CIDINHA)

Bom dia minha princesa encantada! Bom dia meu pedacinho do céu, encravado no cume dessas terras altaneiras, banhado pela neblina característica desse período invernoso, porém aquecida pelo sol reluzente que fertiliza os seus campos e emana energia ao seu povo.

Ao despertar, nessa manhã de aniversário (06/07/2011), recebe chuvas de bênçãos e de graças advindas do nosso Criador, que nos concede o privilégio deste presente… E aqui se invertem os papeis, pois é o aniversariante que oferece dádivas e, para merecê-las, seus filhos se empenham na luta pela dignidade, pelo progresso e pelo desenvolvimento deste rincão que nasceu à sombra da fé, numa humilde capelinha, dedicada a excelsa padroeira senhora Santana, a Santana Gloriosa que recebe as nossas súplicas e nos acolhe com carinho maternal.


Tenho contigo Luis Gomes um caso de amor… A sua história se confunde com a minha, não só pelo fato de haver nascido nesse sagrado chão e pela feliz oportunidade de haver contribuído para a educação do seu povo, mas acima de tudo por ter sido em Luis Gomes que adquiri experiências novas, amadureci projetos de vida, que me condicionaram à orientação da minha família no caminho da ciência, da dignidade, da paz e da justiça.

Voltar a Luís Gomes é, como diz o cantor, rever os verdes campos do lugar, é sentir o cheiro do mato, da terra molhada, é saborear a pinha, o caju, a tapioca, o beiju, a rapadura, é caminhar a esmo pelas ruas e pelo mercado público nas feiras de domingo, é participar do novenário de Santana, é aprender nas homilias de Padre Osvaldo e de outros tantos inspirados sacerdotes, é admirar o show pirotécnico no pátio da igreja após a sagrada missa, é se entusiasmar nos leilões apregoados pelo mestre Tião, é se emocionar com os acordes retumbantes da nossa banda de música “Dr. Vicente Lopes”, é sorrir no reencontro com os amigos, filhos ausentes, compadres, comadres, afilhados, ex-alunos, colegas de profissão, com os populares... Voltar à minha terra é tudo isso, mas é também curtir as saudades, saudades de tantos momentos fotografados pela lente da emoção e que estão guardados num valoroso baú chamado coração.

Estar aqui é também ter saudades do futuro. É renovar as esperanças. É saber que as gerações de homens públicos e cidadãos de bem continuarão trilhando o caminho da ética, da fraternidade, da generosidade e do desenvolvimento. Luis Gomes, terra abençoada!
A você, a minha eterna gratidão e minha eterna saudade.

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