domingo, 21 de novembro de 2010

TEMPO DE ORAÇÃO

Estamos no mês de novembro, quando o sol escaldante resseca todo o chão nordestino e de modo especial nosso Semi-árido. Tempos de enormes dificuldades e procura de alternativas para sobrevivência do sertanejo. É tempo de se fazer observações sobre o comportamento da natureza: estrelas, insetos (formigas e cupins), matas (angicos, mandacarus, aroeiras, juazeiros, etc) e aves, enfim, tudo que possa alimentar esperanças com o sentido de suplantar a dor e sofrimento dos sertanejos.
Com esse sentimento, fui sacudido por uma interpretação singular no programa "Sr. Brasil" do Rolando Boldrin nesta tarde-noite e fui buscar a letra desse poema musicado pelo saudoso e sempre presente Luís Gonzaga. Assim, colo abaixo a "Súplica Cearense" dos compositores: Gordurinha e Netinho.


SÚPLICA CEARENSE
COMPOSITORES: Gordurinha e Netinho

Oh!Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vacina contra aftosa em outubro/2010

Nossa responsabilidade compartilhada para cumprir com o que determina o Plano Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa - PNEPFA, foi executada, em mais uma etapa, durante dois dias (24 e 25 de outubro/2010). Para levar a cabo nossa tarefa de vacinação, temos o cuidado de convocar um grupo de amigos para atuarem em suas mais diversas funções, dentre elas destacamos: porteiro do brete - Lécio Moisés; laçadores no brete - Nildo, Zé Silva e Dedé de Antonia; tangedores do gado para o brete - Renato, Geraldo Moisés, Daniel e Mário Jacú; travadores do gado no brete - Antônio Moisés e Télho; vacinadores - Geraldão e Marival; "segurador de coluna" que suporta o abrigo do "escritório" para não predujicar - Edmilson; anotadores - Edival e Reginaldo; meninos para gritar e vaiar quando o porteiro passar batido - Marcelo, Felipe e Tales. Neste contexto, temos alguns revezamentos entre Edmilson e Geraldo Moisés que funcionam em regime alternado com um serviço de garçon para um mini-bar, oferecendo comidas típicas/frutas regionais (peixe, caldo, fígado de bode, galinha d´água, costela de boi, cajú, cajarana, maçã, laranja e tangerina) e excelente cachaça para molhar a garganta e amenizar o calor/poeira do curral. Muitas vezes, essa poeirinha do estrume do curral produz uma "argamassa" na guela do sujeto que para desobstruir só vai tomando uma lapada em cima da outra, destravando tudo, até mesmo as espinhas da traíra e tilápia.




Ao final dos trabalhos, com todo o rebanho vacinado e conferido, sentimo-nos exaustos. Para recuperarmos as energias vamos para um papo no alpendre da Fazenda Sanharó quando somos surpreendidos com algumas manifestações poéticas de Renato e Antônio Moisés, tudo rebatido com um rubacão e rabada de boi preparada pela "culinarista-mor" - Gorete. Tá pouco ou quer mais?



Abaixo temos o valioso trabalho do amigo Reginaldo Ataíde atuando com dedicação e grande atenção aos registros individuais do rebanho, que cuidadosamente foi anotado para atualização do nosso modelo de "rastreamento" permanente, de natureza simples, detalhada mas possibilitando a interface com os registros computacionais.