Faltei ao encontro com o amigo Marcos Medeiros quando do lançamento do seu livro "HISTORIANDO APELIDOS", mas aproveito este momento para divulgar um dos seus trabalhos. Um franternal abraço no professor Marcos.
SINTO QUE SOU
(Marcos Medeiros)
(Marcos Medeiros)
Eu pressinto que sou
Um sutil sentimento
De leve arrepio
Que a coruja arrepia
Ao chegar fim do dia
Com nostálgico pio.
Acredito que vou
Para os ares
Aos pares
De voos rasantes
Que levantam meu ser
Muito acima dos mares
Aos céus flutuantes.
Mergulhando no mar
Do desejo sem par
Em procura do incerto
Tão longe, tão perto
Assim vou emergindo
Para flutuar.
Adormeço sem sono
Sonhando tocando
A lira luzente
Da luz melodia
Que faz do meu dia
Meu sonho presente.
Acredito no verso
Que faço incompleto
Por ter mais beleza
E a lágrima pura
Que rola em meu rosto
Meu riso segura
Por tanto desgosto
Que gosto do gosto
Da mais verde fruta
Já posta à mesa.
Sinto medo da corte
Do meu corte profundo
Vou sentindo que o mundo
Faz de mim sofredor
Mas descreio na força
Que me força a fazer
Qualquer coisa ruim
Inclusive se for
Detentora de dor
E pavor tido em mim
Viajante diuturno
Passageiro noturno
De viagens perdidas
Bem percebo que o asfalto
Sente a falta se falto
Em noitadas corridas
Prosseguidas sagais
De quem espera o porvir
Pelo mesmo motivo
Que volta tristonho
Para alegre partir.